A Cultura de Massas é um conceito essencial e intimamente relacionado com os mass media. Comummente pode-se dizer que estas palavras designam o saber produzido e transmitido pelos mass media, sendo um conhecimento acessível a toda a população (à “massa”).Contudo, existe uma grande dualidade associada a este termo, segundo Umberto Eco seria possível englobar as opções culturais em dois campos:
  • atitude integrada: são as pessoas, pertencentes à faixa maioritária da população que concorda e está contente com a acessibilidade a esta cultura;
  • atitude apocalíptica: uma faixa mais reduzida da sociedade (“alta cultura”) que está contra este acesso facilitado e que considera esta situação como um perigo à “verdadeira” cultura.

Teoria Crítica (Europeia)
Esta teoria prende-se principalmente com a passagem de uma sociedade tradicional (e elitista) para uma sociedade de massas, pelo que aborda mais o conceito de «cultura de massas». Esta teoria tem raízes mais antigas (teorias sociais), que se prendem com as mudanças ocorridas com a industrialização, e que caracterizaram a Europa e foram responsáveis pela ideia de massificação.



Mass Communication Research (Americana)
Esta teoria encontra-se relacionada com o estudo empírico da comunicação de massas e com a desmistificação do poder absoluto dos media.
 

Teoria Hipodérmica
Está bastante relacionada com a teoria americana, e tem uma grande ligação com as duas guerras mundiais.
Este modelo tem por base a sociedade de massas, onde «cada elemento do público é pessoal e directamente atingido pela mensagem» (Wright citado por Vaz-Freixo, p. 247). Ou seja, numa sociedade de massas, as pessoas seriam todas homogéneas, as potencialidades eram suprimidas, e cada indivíduo responderia ou actuaria de acordo com as ordens/sugestões que recebia dos mass media, sendo que uma mensagem seria imediatamente e igualmente aceite e difundida por todos.
 

Teoria Funcionalista
Dá ênfase às funções da comunicação de massas, contrariamente aos efeitos desta. Desta forma, existiu quase que uma inversão de papéis já que não se trata de saber os efeitos que a comunicação de massas tem nas pessoas, mas sim perceber o que as pessoas fazem com a comunicação de massas. Isto porque, mesmo que uma mensagem tenha um efeito poderoso, este só se concretiza se o receptor da mensagem assim o quiser, ou se fizer uso dela, caso contrário, a mensagem não surtirá nenhum efeito.

Teoria dos "Usos e Gratificações"
Esta teoria realça e consciencializa para o facto de a audiência constituir um conjunto activo e diversificado, que tem capacidade de escolher e interpretar as mensagens (pelo menos parcialmente), de acordo com necessidades e desejos particulares que espera satisfazer através dos meios de comunicação.
Segundo Katz, Gurevitch e Haas podem ser distinguidas cinco classes de necessidades que os mass media podem satisfazer:
  • necessidades cognitivas, relacionadas com a aquisição e reforço de conhecimentos e de compreensão; 
  • necessidades afectivas e estéticas, ligadas ao reforço da experiência estética e emotiva; 
  • necessidades de integração ao nível da personalidade, como a segurança, estabilidade emotiva, aumento da credibilidade e posição social; 
  • necessidades de integração a nível social, como o reforço dos contactos interpessoais;
  • necessidade de evasão, relacionadas com a diminuição das tensões e dos conflitos.

Vigilância mediatizada do contexto social
Esta função diz respeito ao papel dos media na recolha e propagação da informação, atribuindo-lhes a tarefa de vigiar e alertar a sociedade de vários perigos (desastres naturais, epidemias, crimes, etc.).



Integração entre diversas componentes da sociedade
Já a integração entre diversas componentes da sociedade visa ajudar a explicar e interpretar as notícias, para que a comunidade consiga compreender a informação transmitida.


Transmissão da herança cultural
Esta tem um significado essencialmente educativo e refere-se, tal como o próprio nome indica, à transmissão da herança cultural e social às próximas gerações.

Fonte: Google

Entretenimento
Por fim o entretenimento prende-se essencialmente com o papel de entreter o público-alvo.

Segundo Vaz-Freixo (2010, p.232), a comunicação de massas é entendida como «o modo particular da comunicação moderna que permite ao autor da mensagem (o indivíduo ou o grupo de quem ela parte) dirigir-se simultaneamente a um grande número de destinatários». Desta forma, pelo facto de se dirigir a um público-alvo vasto distingue-se perfeitamente de outros modos de comunicação, como por exemplo, a comunicação interpessoal ou a de pequeno grupo. Com isto, pode-se afirmar que a televisão, cinema, rádio e a imprensa são bons exemplos que constituem a comunicação de massas, uma vez que transmitem informações a um vasto número de pessoas.



As teorias pessimistas da Escola de Frankfurt, influenciadas pelo contexto social, num período de duas guerras mundiais e com a vigência de regimes totalitários, tinham implícito o modelo hipodérmico dos meios, na medida que estes contribuíam para difundir uma ideologia repressiva directamente na consciência das massas.

A arte cinematográfica da Alemanha nazi (1933-1945) foi amplamente utilizada como forma de propaganda do regime e apresentou-se como uma arma vital na dominação do governo sobre o seu povo.
Entre os directores que se destacaram e desenvolveram um cinema totalmente aliado aos ideais nazi-fascistas estão Leni Riefenstahl (“Triunfo da Vontade”, 1935, e “Olimpíadas”, 1936) e Veit Harlan (“O Judeu Süss", 1940).

Esta Blogue surge como resultado de uma recessão, sobre o Capítulo IV – Teoria da Comunicação de Massas, do livro Teorias e Modelos de Comunicação, autoria do Prof. Doutor Manuel João Vaz-Freixo, professor e investigador do Instituto Piaget, 
O tema comunicação tem sido colocado na ordem do dia, com mais acuidade, não só por ser considerado o dinamizador da globalização, mas também porque os desenvolvimentos tecnológicos vieram permitir que cada indivíduo possa ser, ele mesmo, produtor e consumidor de informação. Neste contexto, a comunicação de massas, tendo como receptores um público cada vez mais alargado, ganha uma importância social crescente, com aumento da quantidade e diversidade de meios de difusão e da influência cada vez maior notória que exerce na sociedade na sua dimensão social, económica, politica, cultural e educacional.
Assim, esta recensão, aborda o tema, desde logo, enunciando as funções dos meios de comunicação de massas, depois analisando as diversas perspectivas dos efeitos dos media a que se segue a abordagem dos conceitos de culturas de massas e de informação e mensagem e, finalmente, analisando os factores ligados à mensagem.

Sobre este blog

Esta Blogue surge como resultado de uma recessão, sobre o Capítulo IV – Teoria da Comunicação de Massas, do livro Teorias e Modelos de Comunicação, autoria do Prof. Doutor Manuel João Vaz-Freixo, professor e investigador do Instituto Piaget, e é produzido pelos alunos Miguel Costa e António Cunha, do mestrado de TIC, especialização em Comunicação Multimédia.

Qual o meio de comunicação de massas da sua preferência?

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